LISTA “B”Carlos Cidade apresenta "equipa dinâmica" contra lista de "derrotados"
"O PS não pode continuar assim"
Carlos Cidade foi o primeiro a avançar com a candidatura para a Concelhia Socialista. Na recta final da campanha, não poupou nas críticas aos actuais membros da estrutura política, nem aos vereadores que representam o PS.
«A actual Concelhia do PS é a responsável por conduzir o PS a derrotas sucessivas». Incisivo e contundente, Carlos Cidade foi dizendo aos microfones do DC FM que a grande motivação da sua candidatura é a credibilização do Partido Socialista, quebrando o «mau trabalho» da actual Concelhia. Para tanto, entende que é necessário dotar o Partido de capacidade de organização.
Ao clarificar que a sua candidatura não é de ruptura, mas sim de mudança, Cidade argumenta que o PS não pode continuar assim, «nunca chegou a uma situação como esta, sem Câmara e apenas com nove das 31 freguesias». Os êxitos, observa, avaliam-se pelos resultados eleitorais e o actual momento do PS em Coimbra reflecte «um mau trabalho político».
Como contrariar esta tendência? Com muito trabalho, diz o candidato. E com método, prossegue, dando a perceber que irá, por um lado, dar atenção às secções, e, por outro lado, promover um conselho consultivo permanente, com abertura às populações, não apenas a pessoas do PS. «É importante que o PS seja um Partido aberto, livre e de diálogo, que tenha um plano claro para a cidade».
Tudo o que Carlos Cidade não vê na outra candidatura, liderada por Henrique Fernandes. «É uma lista de continuidade, basta ver os nomes que apresenta para verificarmos que são as mesmas pessoas que têm levado o PS local às derrotas».Eu, argumenta Carlos Cidade, «apresento uma equipa intergeracional, alegre, viva, com dedicação e o objectivo de levar o PS às vitórias. «Não é um equipa de derrotados», assegura, mostrando-se convicto de que «Henrique Fernandes não está nas melhores condições para ser presidente da Concelhia. Creio mesmo que não é vontade dele ser líder da Concelhia e penso que os militantes vão confiar naqueles que efectivamente querem trabalhar para o PS e exercer os seus cargos na Concelhia».Desafiado a concretizar as palavras, o líder da lista B recuperou algumas ideias avançadas no início da campanha: «já disse que a minha candidatura não esconde ninguém, ao contrário da de Henrique Fernandes; aliás, tem-se verificado durante a campanha que quem anda preocupado com a lista de Henrique Fernandes são os membros da actual Concelhia, com pressões e intervenções exageradas junto dos militantes».Mais contundente, Cidade critica os «camaradas que estão agarrados ao poder, que estão preocupados em ganhar internamente o PS, mas não querem que o PS ganhe para fora». «Esta é a grande diferença entre a candidatura dele e a minha», comparou, para depois garantir: «estou pouco preocupado em manter o poder interno, a minha preocupação é que o PS ganhe fora das suas quatro paredes». É para isso que o Partido existe, sentencia, apontando o dia 20 [amanhã, após as eleições] para o início do debate, que depois será alargado à sociedade, com discussão de problemas concretos, levando a que as pessoas voltem a confiar no PS.
Sobre a responsabilidade que cabe à Concelhia na escolha do candidato autárquico, Carlos Cidade entende que os interesses de Coimbra terão de ser «compaginados» com os interesses da Direcção nacional do PS. Porque, explica, o PS nacional quer ganhar Coimbra e deve haver conjugação. E, nomes, é uma questão que não preocupa o candidato: «o PS de Coimbra está munido de bons camaradas para ganhar a Câmara de Coimbra». Desafiado a comentar a vida municipal, designadamente sobre o papel dos vereadores socialistas, foi lesto a dizer que poderiam fazer melhor. Em caso de vitória, irá promover a coordenação entre os que têm responsabilidades políticas em nome do PS e o próprio PS, criando um «compromisso autárquico».
É que, exemplifica, «em assuntos de enorme importância, fundamentais para a cidade, os vereadores socialistas não podem abandonar a sala na altura das votações. O PS é um Partido responsável e não pode aceitar a irresponsabilidade de alguns».
In: Diário de Coimbra - 19-04-2008
«A actual Concelhia do PS é a responsável por conduzir o PS a derrotas sucessivas». Incisivo e contundente, Carlos Cidade foi dizendo aos microfones do DC FM que a grande motivação da sua candidatura é a credibilização do Partido Socialista, quebrando o «mau trabalho» da actual Concelhia. Para tanto, entende que é necessário dotar o Partido de capacidade de organização.
Ao clarificar que a sua candidatura não é de ruptura, mas sim de mudança, Cidade argumenta que o PS não pode continuar assim, «nunca chegou a uma situação como esta, sem Câmara e apenas com nove das 31 freguesias». Os êxitos, observa, avaliam-se pelos resultados eleitorais e o actual momento do PS em Coimbra reflecte «um mau trabalho político».
Como contrariar esta tendência? Com muito trabalho, diz o candidato. E com método, prossegue, dando a perceber que irá, por um lado, dar atenção às secções, e, por outro lado, promover um conselho consultivo permanente, com abertura às populações, não apenas a pessoas do PS. «É importante que o PS seja um Partido aberto, livre e de diálogo, que tenha um plano claro para a cidade».
Tudo o que Carlos Cidade não vê na outra candidatura, liderada por Henrique Fernandes. «É uma lista de continuidade, basta ver os nomes que apresenta para verificarmos que são as mesmas pessoas que têm levado o PS local às derrotas».Eu, argumenta Carlos Cidade, «apresento uma equipa intergeracional, alegre, viva, com dedicação e o objectivo de levar o PS às vitórias. «Não é um equipa de derrotados», assegura, mostrando-se convicto de que «Henrique Fernandes não está nas melhores condições para ser presidente da Concelhia. Creio mesmo que não é vontade dele ser líder da Concelhia e penso que os militantes vão confiar naqueles que efectivamente querem trabalhar para o PS e exercer os seus cargos na Concelhia».Desafiado a concretizar as palavras, o líder da lista B recuperou algumas ideias avançadas no início da campanha: «já disse que a minha candidatura não esconde ninguém, ao contrário da de Henrique Fernandes; aliás, tem-se verificado durante a campanha que quem anda preocupado com a lista de Henrique Fernandes são os membros da actual Concelhia, com pressões e intervenções exageradas junto dos militantes».Mais contundente, Cidade critica os «camaradas que estão agarrados ao poder, que estão preocupados em ganhar internamente o PS, mas não querem que o PS ganhe para fora». «Esta é a grande diferença entre a candidatura dele e a minha», comparou, para depois garantir: «estou pouco preocupado em manter o poder interno, a minha preocupação é que o PS ganhe fora das suas quatro paredes». É para isso que o Partido existe, sentencia, apontando o dia 20 [amanhã, após as eleições] para o início do debate, que depois será alargado à sociedade, com discussão de problemas concretos, levando a que as pessoas voltem a confiar no PS.
Sobre a responsabilidade que cabe à Concelhia na escolha do candidato autárquico, Carlos Cidade entende que os interesses de Coimbra terão de ser «compaginados» com os interesses da Direcção nacional do PS. Porque, explica, o PS nacional quer ganhar Coimbra e deve haver conjugação. E, nomes, é uma questão que não preocupa o candidato: «o PS de Coimbra está munido de bons camaradas para ganhar a Câmara de Coimbra». Desafiado a comentar a vida municipal, designadamente sobre o papel dos vereadores socialistas, foi lesto a dizer que poderiam fazer melhor. Em caso de vitória, irá promover a coordenação entre os que têm responsabilidades políticas em nome do PS e o próprio PS, criando um «compromisso autárquico».
É que, exemplifica, «em assuntos de enorme importância, fundamentais para a cidade, os vereadores socialistas não podem abandonar a sala na altura das votações. O PS é um Partido responsável e não pode aceitar a irresponsabilidade de alguns».
In: Diário de Coimbra - 19-04-2008
